O sol nasce; libertador, cheio de vida, pronto pra nos dar luz, nos aquecer, nos trazer a certeza da existência, algo esplendoroso, magnífico.
O sol é como o tantra: livre de preconceitos, ele nasce para todos independente deste querer ou não, basta aceitá-lo, se não aceitá-lo, basta fechar-se dentro de casa, ou simplesmente ignorá-lo; certamente esta pessoa vai se queimar se ignorá-lo, mas a opção é sua, na vida ignorar o tantra é como ignorar o sol, ele está lá, queiramos ou não, aceitemos ou não, mas se sairmos para vida e não o aceitar, certamente vamos nos queimar, porque a vida fica sem sentido, viver sem o tantra é não viver, é apenas existir, e existir somente, não vale à pena, na vida devemos nos entregar de corpo e alma, deixar o entendimento entrar naturalmente, deixar fluir, apenas sentir, apenas aceitar o calor do sol - ele está lá, não precisamos fazer nada, ele estará sempre lá, o tantra está aí, para todos, independentemente de cor, classe social, religião, tantra é aceitação, é entrega, entrega ao divino, entrega a nós mesmos, entrega do eu; viver o tantra é viver de maneira livre, plena, divina, aceitar e acreditar que as coisas acontecem, basta querer e confiar, a confiança faz com que as coisas aconteçam, não existe tantra sem entrega, e assim como o sol que nasce todas as manhãs, ele também morre todas as tardes, vai embora, para renascer novamente em outro lugar ou aqui mesmo amanhã, mas nunca é igual, amanhã pode nascer entre nuvens, ou em plena chuva, mas sempre renascerá divino, sempre será o senhor dos céus, o astro rei; no tantra, renascemos a cada dia, a cada vez que respiramos; somos uma eterna transformação, mas sempre somos nós; saber quem somos, saber o que queremos, e deixar as coisas acontecerem fazem de uma pessoa um ser vitorioso, uma pessoa próspera; no tantra não é preciso a ansiedade do porvir, o que tiver que ser será, o renascimento é certo, basta aceitar a morte do eu, do ego, e abrir as janelas da alma, da existência, e se aquecer no sol da plenitude, da sabedoria e da abundância.
Pravas
terça-feira, 30 de setembro de 2008
O encontro das lágrimas com o sorriso...
No último final de semana tive uma experiência apaixonante com o grupo de tantra “O Caminho do Coração”, fazendo com que eu chegasse ao âmago do meu próprio ser; é quase impossível descrever as emoções e sensações que senti durante a primeira manhã de atividades: iniciamos com um trabalho de respiração, onde respiramos por 40 minutos, porém, com uma respiração oral, onde a expiração acontece imediatamente após a inspiração sem deixar intervalo ou fazer pausa; uma outra pessoa do grupo nos assiste durante todo o processo respiratório - esta pessoa faz um trabalho corporal sutil , mas intensamente energético, posicionando as mãos sobre nosso corpo em regiões potencialmente energizadas, como os chakras, algumas vezes acontece um leve toque, quase uma massagem; este processo todo de respiração e toque corporal nos leva a um estado de transcendência, começando sutilmente com um pequeno formigar de lábios e extremidades, tornando em seguida estas regiões mais frias, na sequência sentimos um formigar de braços e pernas , é algo difícil de descrever, tal como um fluxo de energia, de eletricidade percorrendo todo nosso corpo, deixando abdômen e peito contraídos, espasmos musculares acontecem a todo momento, e uma indescritível sensação de prazer e alegria toma conta de todo nosso corpo, começamos neste momento a visualizar situações, pessoas e eventos que fizeram ou fazem parte da nossa vida, as lágrimas neste momento já escorrem pelo rosto, numa mistura de tristeza, prazer e alegria, que no momento não conseguimos entender, mas sabemos que está nos fazendo bem , uma sensação de vazio (mas um bom vazio), um vazio de renovação, começa a tomar conta da nossa consciência, uma vontade de renovar, vontade de agir, vontade de levar adiante projetos inacabados ou apenas sonhados - neste momento percebemos o quão pequenos somos, e quão grande podemos ser; basta aceitar isto, basta acreditar nisto, quando tudo acaba, percebemos que não somos mais o mesmo que chegou ali 40 minutos atrás, acabamos de morrer, acabamos de renascer, estamos prontos pra aprender a caminhar, e trilhar este caminho de conhecimento, de transcendência, percebemos que através das lágrimas encontramos o sorriso, que este é o processo do verdadeiro conhecimento e do verdadeiro crescimento.
Pravas
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sábado, 13 de setembro de 2008
O dia em que chorei de prazer!!!!
A experiência de receber uma massagem tântrica e simplesmente indescritível, por mais que tentamos descrever as emoções, reações físicas, emocionais, sempre deixamos algo para atrás, pois não é possível expressar em palavras tudo o que se sente ao ser tocado, com tanta simplicidade , amorosidade, afeto e compaixão, num clima de sensualidade, porem longe de ser algo sexual, neste momento podemos apenas sentir, nos conectarmos com nosso interior, com nossa mente, com nosso coração, não e necessário compartilhar, portanto é um momento único de recebimento, diferente de nossa memória física e cultural, onde sempre que recebemos algum tipo de carinho, ou de prazer temos que retribuir; na massagem tântrica, estamos ali apenas para receber , portanto podemos estar plenamente receptivos, e de maneira plena sentirmos as sensações, muitas delas, e eu me atrevo a dizer, que quase a totalidade das sensações , são uma novidade, pois, nunca nos permitimos chegar a tal ponto de entrega e portanto nunca alcançamos tal estado de prazer, uma prazer que supera o prazer físico, que entra em nosso corpo, toma nossa mente, é como um descarga elétrica em cada célula. A alguns dias atrás tive o prazer de mais uma vez receber esta maravilha de massagem, afinal como terapeuta estou sempre do lado de quem faz a massagem, e, as vezes sentimos a necessidade de também sentir. Neste dia uma amiga me ofereceu uma massagem, não resisti, entrei na sala como um cliente, me deitei, aquele era meu momento, as mãos começaram a deslizar pelo meu corpo, de maneira suave, apenas as pontas dos dedos, os minutos foram passando, a sensação de conforto de segurança aumentando, a respiração calma e profunda , ajudam no processo, minha mente foi esvaziando, mas por outro lado se enchendo de outras informações, era como se eu me transformase na parede, e assistise meu corpo sendo acarinhado, me tornei o ambiente, o corpo pulsava, a respiração se tornou forte, ofegante talvez, porem não cansativa, minhas mão formigavam, e era como se estivessem com o dobro da textura normal, grandes, grossas... pesadas, uma sensação maravilhosa, o corpo começou a vibrar..., não tinha controle sob ele, meu rosto mostrava nitidamente o prazer que eu sentia, incrível é que eu podia ver isto aconteçendo, como se eu estivesse assistindo de fora,,,derrepente uma onda de prazer tomou conta de todo meu corpo, um orgasmo maravilhoso aconteceu, e continuou... eu ria... ria..., a sensação permaneceu por vários minutos,e acreditem, não houve ejaculação, e digo isto não porque condeno, ou não aceito a ejaculação, nada disto, apenas estou relatando o fato, esta onda de prazer perdurou por longos minutos depois vim saber que foram em torno de 25 minutos de puro orgasmo, orgasmo divino, sem pensamentos, sem sexo no contexto, sem malicia, orgasmo da alma , ao passar , uma sensação de choro tomou meu ser, chorei como uma criança, não estava triste, mas estava consciente, nunca me senti tão consciente na minha vida, era como se eu pudesse acessar todas as informações armazenadas na minha mente ao mesmo tempo, eu via as pessoas queridas, os negócios bem feitos, as coisas erradas,, e chorei, chorei por perceber que sou mais do tenho sido, chorei por ver possibilidades, chorei por entender minha essência, aquele momento foi único, foi um momento de auto conhecimento, de liberdade total... o choro foi passando, fui voltando, me sentia como se tivesse 3 metros de altura, forte, poderoso, demorei para conseguir articular palavras, mas os pensamentos estava claros, perfeitos, o decorrer da semana foi produtiva, acordei cedo todos os dias, bem disposto, decidido , feliz.... acho que finalmente descobri o significado de supraconsciência, supraconsciência é o estado de estar alem de nossa percepção, de encontramos as pastas, os arquivos, encontramos e termos acesso as nossa informações pessoais, estar consciente de quem somos, e o que podemos ser, alem da nossa consciência, está nossa supra consciência, e ela só pode ser acessada quando nos permitimos, tirar a armadura, tirar a mascara, baixar a guarda !!!
Pravas 13/09/2008
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
tantra é sexo?
fonte: http://www.centrometamorfose.com.br/ .......
tantra é sexo?
Não. Tantra não está ligado a performances sexuais ou orgias mirabolantes, como se tem sido convencionado por aí. O Kama Sutra e o Maithuna nada tem a ver com o Tantra, pois pertencem a histórias bem diferentes do contexto do Tantra. Por alguma razão misteriosa, o Kama Sutra e o Maithuna, da forma como se apresentam à sociedade, foram integrados como Tantra, mas não o são.
O Tantra elabora suas performances baseadas em meditações e vivências com o objetivo de potencializar a sensibilidade e a percepção da energia, mas sem utilizar-se de rituais, oferecendo ao indivíduo toda a liberdade que necessita para perceber e sentir. O Tantra não é um manual de sexo, de posturas rituais rígidas e dogmáticas. O Tantra trata da nossa relação com a energia; da forma como nos apropriamos da energia, da relação com os Chakras - Centros energéticos localizados no corpo - e como a energia é direcionada a partir dos centros para a otimização do viver em vários níveis, num processo de múltiplas e facetadas transcendências. O Tantra aprimora a percepção da energia e potencializa muito a sensibilização do prazer, utilizando-se de várias abordagens.
Tantra começa com um trabalho corporal onde o corpo é o inicio, o meio e o fim em si mesmo. Entretanto, o corpo tem nuances que desconhecemos e que só são possíveis de alcançar com a depuração da sensibilidade. Trazemos no corpo as marcas de fortes condicionamentos impostos pela sociedade ao longo de nossas vidas. Os trabalhos com o Tantra objetivam o descondicionamento de corpo/mente/emoções/espírito.
O corpo é o caminho para uma compreensão profunda, que diz respeito aos nossos medos e fraquezas, nossos sentimentos de inferioridade ou de grandeza; as atitudes comportamentais que adquirimos para sobrevivermos no meio social.
Em alguns trabalhos dos níveis mais avançados do Tantra, utilizamo-nos da sexualidade para o despertar da sensibilidade e da consciência. Todavia, não se trata, de forma alguma, de uma sexualidade convencional, banalizada pelo desejo ou corrompida pelo instinto.
Não há nada que seja tão espiritual quanto o Tantra, com tamanho aprofundamento em nossa essência e no contato com o divino e o sagrado que existe dentro de nós.
Com o Tantra, aprendemos o papel significativo representado por todos os Chakras, e compreendemos que, por conta das inúmeras repressões que sofremos, acabamos por nos fixar em uma rígida estrutura de sobrevivência e sexo, desconectados com o prazer de viver, com a confiança e a entrega.
Não saímos ainda do primeiro Chakra - Muladhara. Nossa performance sexual é primitiva, grotesca, depauperada por muitos sentimentos como insegurança, medo, ansiedades, culpas, necessidades de cumplicidade e apoio, etc...
O Tantra trabalha com o Chakras com uma nova compreensão, como nunca foi descrita na literatura esotérica, aprimorando os relacionamentos, burilando e aparando as arestas, desfazendo modelos comportamentais doentios e patológicos, dando forma à uma nova maneira de SER e de VIVER.
Podemos afirmar, portanto, que o Tantra é sensorial e desrepressor.
"O sexo é a energia mais vital do homem e não deveria constituir um fim em si mesmo. O sexo deveria guiar o homem até sua alma. O objetivo é: desde a luxúria até a luz, do sexo à supraconsciência." (Osho)
tantra é sexo?
Não. Tantra não está ligado a performances sexuais ou orgias mirabolantes, como se tem sido convencionado por aí. O Kama Sutra e o Maithuna nada tem a ver com o Tantra, pois pertencem a histórias bem diferentes do contexto do Tantra. Por alguma razão misteriosa, o Kama Sutra e o Maithuna, da forma como se apresentam à sociedade, foram integrados como Tantra, mas não o são.
O Tantra elabora suas performances baseadas em meditações e vivências com o objetivo de potencializar a sensibilidade e a percepção da energia, mas sem utilizar-se de rituais, oferecendo ao indivíduo toda a liberdade que necessita para perceber e sentir. O Tantra não é um manual de sexo, de posturas rituais rígidas e dogmáticas. O Tantra trata da nossa relação com a energia; da forma como nos apropriamos da energia, da relação com os Chakras - Centros energéticos localizados no corpo - e como a energia é direcionada a partir dos centros para a otimização do viver em vários níveis, num processo de múltiplas e facetadas transcendências. O Tantra aprimora a percepção da energia e potencializa muito a sensibilização do prazer, utilizando-se de várias abordagens.
Tantra começa com um trabalho corporal onde o corpo é o inicio, o meio e o fim em si mesmo. Entretanto, o corpo tem nuances que desconhecemos e que só são possíveis de alcançar com a depuração da sensibilidade. Trazemos no corpo as marcas de fortes condicionamentos impostos pela sociedade ao longo de nossas vidas. Os trabalhos com o Tantra objetivam o descondicionamento de corpo/mente/emoções/espírito.
O corpo é o caminho para uma compreensão profunda, que diz respeito aos nossos medos e fraquezas, nossos sentimentos de inferioridade ou de grandeza; as atitudes comportamentais que adquirimos para sobrevivermos no meio social.
Em alguns trabalhos dos níveis mais avançados do Tantra, utilizamo-nos da sexualidade para o despertar da sensibilidade e da consciência. Todavia, não se trata, de forma alguma, de uma sexualidade convencional, banalizada pelo desejo ou corrompida pelo instinto.
Não há nada que seja tão espiritual quanto o Tantra, com tamanho aprofundamento em nossa essência e no contato com o divino e o sagrado que existe dentro de nós.
Com o Tantra, aprendemos o papel significativo representado por todos os Chakras, e compreendemos que, por conta das inúmeras repressões que sofremos, acabamos por nos fixar em uma rígida estrutura de sobrevivência e sexo, desconectados com o prazer de viver, com a confiança e a entrega.
Não saímos ainda do primeiro Chakra - Muladhara. Nossa performance sexual é primitiva, grotesca, depauperada por muitos sentimentos como insegurança, medo, ansiedades, culpas, necessidades de cumplicidade e apoio, etc...
O Tantra trabalha com o Chakras com uma nova compreensão, como nunca foi descrita na literatura esotérica, aprimorando os relacionamentos, burilando e aparando as arestas, desfazendo modelos comportamentais doentios e patológicos, dando forma à uma nova maneira de SER e de VIVER.
Podemos afirmar, portanto, que o Tantra é sensorial e desrepressor.
"O sexo é a energia mais vital do homem e não deveria constituir um fim em si mesmo. O sexo deveria guiar o homem até sua alma. O objetivo é: desde a luxúria até a luz, do sexo à supraconsciência." (Osho)
o que é tantra?
este texto foi retirado do site: http://www.centrometamorfose.com.br/, e escrito pelo meu amigo Deva nishok......
O que é Tantra?
Tantra (ou Tantrismo) é o amplo termo pelo qual antigos estudantes de espiritualidade na Índia designavam um tipo particular de ensinamentos e práticas que tiveram base em uma antiga sociedade. Com o passar do tempo estes propagaram-se, misturando-se em diversas outras culturas e correntes filosóficas e religiosas como no Hinduísmo, Yoga, Budismo, Taoísmo, Vedanta e outras. Esses ensinamentos não podem ser resumidos, porque o Tantra hoje abrange uma variedade e uma diversidade muito ampla de crenças e práticas, quase sempre antagônicas entre si e cheias de contradição.
No Ocidente, o Tantra propagou-se e popularizou-se entre adeptos do misticismo, esoterismo e magia ritual, em escolas iniciáticas ligadas a nomes como Aleister Crowley ou Samael Aun Weor, sociedades outrora secretas, hoje denominadas Golden Dawn, Sociedade Gnóstica (Gnosis) e outras. A maioria desses ensinamentos deturparam completamente a Visão Original do Tantra em sua compreensão mais profunda e original.
No Ocidente, por volta dos anos 60, surgiu a criação de um movimento que continua atual, denominado Neotantra, ligado à Nova Era e tido como uma popularização dos ensinamentos Tântricos, adaptados a novos movimentos terapêuticos de vanguarda como a Bioenergética e a Primal.
Muitos trabalhos com o Tantra não trazem uma compreensão clara da extraordinária herança daquilo que pretendem representar e incorrem no perigoso jogo da distorção e da vulgarização do sexo banal e do pretextado jogo da sedução e dos relacionamentos, como se o Tantra tivesse esse objetivo. Mesmo na Índia e no Tibet, o Tantra teve seu quinhão de fracasso moral. De drogadictos a alcoólatras, de pervertidos a maníacos, muitos abriram seus clubes de encontro e sedução sob a indefinida denominação de "Tantra". O Tantra tornou-se, então, uma evasão fácil, reduto para inúmeros degenerados morais e sexuais. Mesmo em seu país natal, os ensinamentos Tântricos caíram em descrédito, precisamente por causa do uso indiscriminado de muitos de seus fundamentos atrelados ao sexo livre e à sexualidade.
O movimento Neotantra também fugiu do contato com o sistema existencialista proposto pelo Tantra, que é um caminho de acesso ao potencial energético criativo e libertador existente na raça humana, ainda germinativo, com uma potencialidade prestes a desabrochar nas condições propícias.
No Tantra, as práticas proporcionadas conduzem àquilo que se pode chamar de "Sexualidade Oceânica", onde o modelo básico para a interação com outros organismos não se processa através de uma única descarga liberadora e a conseqüente distensão após um período de tensão e esforço, mas sim para um fluxo brincalhão, relaxado e solto, mutuamente alimentador, com base no êxtase, num intercâmbio de energias que lembra danças e jogos (Leela), denominado de Unyo Mystica. O resultado permite experimentar a expansão dos próprios limites, a dissolução dos condicionamentos negativos, castradores e repressores, para se experimentar um sentimento de fusão com o parceiro e com o todo, em um estado de feliz unidade.
A união dos genitais e conseqüente descarga orgásmica, embora poderosamente experienciadas, são consideradas secundárias em função da meta final, que é alcançar o estado transcendental da união dos princípios masculino e feminino em sua propagação ao infinito (Unyo Mística).
As pessoas que alcançam essa forma de sexualidade experimentam a ausência de ruído biológico dentro de um complexo sistema espiritual, espontâneo e natural. Sob este aspecto, alguns componentes são fundamentais para alcançar a compreensão do significado original e verdadeiro do Tantra, sem o qual, seu sistema existencial e sua co-relação com o Sagrado fica capenga.
O Tantra Original não está contido em livros ou textos como constantemente é propalado entre os adeptos do Yoga ou do Budismo. Sua fonte é a própria fonte geradora da vida e é necessário alcançá-la através das meditações e dinâmicas propostas. Trata-se de uma conexão com aspectos transcendentais da vida e do viver, acessíveis e disponíveis a qualquer ser humano, pois não há privilégios. Não é necessário práticas austeras ou o isolamento, nenhuma necessidade de rituais ou paramentos litúrgicos. O Tantra é simples, exige simplicidade. O sistema existencialista humanista presente no Tantra - O Caminho do Coração necessita de confiança, entrega, relaxamento profundo, amor e compaixão, para que o estado de percepção e consciência ampliada conduza à experiência da supraconsciência.
Deva Nishok
O que é Tantra?
Tantra (ou Tantrismo) é o amplo termo pelo qual antigos estudantes de espiritualidade na Índia designavam um tipo particular de ensinamentos e práticas que tiveram base em uma antiga sociedade. Com o passar do tempo estes propagaram-se, misturando-se em diversas outras culturas e correntes filosóficas e religiosas como no Hinduísmo, Yoga, Budismo, Taoísmo, Vedanta e outras. Esses ensinamentos não podem ser resumidos, porque o Tantra hoje abrange uma variedade e uma diversidade muito ampla de crenças e práticas, quase sempre antagônicas entre si e cheias de contradição.
No Ocidente, o Tantra propagou-se e popularizou-se entre adeptos do misticismo, esoterismo e magia ritual, em escolas iniciáticas ligadas a nomes como Aleister Crowley ou Samael Aun Weor, sociedades outrora secretas, hoje denominadas Golden Dawn, Sociedade Gnóstica (Gnosis) e outras. A maioria desses ensinamentos deturparam completamente a Visão Original do Tantra em sua compreensão mais profunda e original.
No Ocidente, por volta dos anos 60, surgiu a criação de um movimento que continua atual, denominado Neotantra, ligado à Nova Era e tido como uma popularização dos ensinamentos Tântricos, adaptados a novos movimentos terapêuticos de vanguarda como a Bioenergética e a Primal.
Muitos trabalhos com o Tantra não trazem uma compreensão clara da extraordinária herança daquilo que pretendem representar e incorrem no perigoso jogo da distorção e da vulgarização do sexo banal e do pretextado jogo da sedução e dos relacionamentos, como se o Tantra tivesse esse objetivo. Mesmo na Índia e no Tibet, o Tantra teve seu quinhão de fracasso moral. De drogadictos a alcoólatras, de pervertidos a maníacos, muitos abriram seus clubes de encontro e sedução sob a indefinida denominação de "Tantra". O Tantra tornou-se, então, uma evasão fácil, reduto para inúmeros degenerados morais e sexuais. Mesmo em seu país natal, os ensinamentos Tântricos caíram em descrédito, precisamente por causa do uso indiscriminado de muitos de seus fundamentos atrelados ao sexo livre e à sexualidade.
O movimento Neotantra também fugiu do contato com o sistema existencialista proposto pelo Tantra, que é um caminho de acesso ao potencial energético criativo e libertador existente na raça humana, ainda germinativo, com uma potencialidade prestes a desabrochar nas condições propícias.
No Tantra, as práticas proporcionadas conduzem àquilo que se pode chamar de "Sexualidade Oceânica", onde o modelo básico para a interação com outros organismos não se processa através de uma única descarga liberadora e a conseqüente distensão após um período de tensão e esforço, mas sim para um fluxo brincalhão, relaxado e solto, mutuamente alimentador, com base no êxtase, num intercâmbio de energias que lembra danças e jogos (Leela), denominado de Unyo Mystica. O resultado permite experimentar a expansão dos próprios limites, a dissolução dos condicionamentos negativos, castradores e repressores, para se experimentar um sentimento de fusão com o parceiro e com o todo, em um estado de feliz unidade.
A união dos genitais e conseqüente descarga orgásmica, embora poderosamente experienciadas, são consideradas secundárias em função da meta final, que é alcançar o estado transcendental da união dos princípios masculino e feminino em sua propagação ao infinito (Unyo Mística).
As pessoas que alcançam essa forma de sexualidade experimentam a ausência de ruído biológico dentro de um complexo sistema espiritual, espontâneo e natural. Sob este aspecto, alguns componentes são fundamentais para alcançar a compreensão do significado original e verdadeiro do Tantra, sem o qual, seu sistema existencial e sua co-relação com o Sagrado fica capenga.
O Tantra Original não está contido em livros ou textos como constantemente é propalado entre os adeptos do Yoga ou do Budismo. Sua fonte é a própria fonte geradora da vida e é necessário alcançá-la através das meditações e dinâmicas propostas. Trata-se de uma conexão com aspectos transcendentais da vida e do viver, acessíveis e disponíveis a qualquer ser humano, pois não há privilégios. Não é necessário práticas austeras ou o isolamento, nenhuma necessidade de rituais ou paramentos litúrgicos. O Tantra é simples, exige simplicidade. O sistema existencialista humanista presente no Tantra - O Caminho do Coração necessita de confiança, entrega, relaxamento profundo, amor e compaixão, para que o estado de percepção e consciência ampliada conduza à experiência da supraconsciência.
Deva Nishok
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