sábado, 13 de junho de 2009

A Shaktí

O termo shaktí significa energia. Por extensão, designa a companheira tântrica, que pode ser esposa, amante ou amiga. Dependendo do uso na frase, pode também referir-se à kundaliní ou, ainda, à Mãe Divina.
No Tantra, aprendemos um conceito muito bonito, segundo o qual Shiva sem Shaktí é shava. Isto é, "o homem sem a mulher é um cadáver". Shiva é o arquétipo masculino, que deve ser catalisado pela Shaktí, arquétipo feminino. Veja como é interessante: a mulher, quando companheira, denomina-se Shaktí, que significa literalmente energia. É aquela que energiza, que faz acontecer.
Sem a mulher, o homem não evolui na senda tântrica. Nem a mulher sem o homem. É preciso que tenhamos os dois pólos. Podemos fazer passar qualquer quantidade de eletricidade por um fio e ainda assim a luz não se acenderá, a menos que haja um pólo positivo e outro negativo, um masculino e outro feminino. Assim é nas práticas tântricas.
O Tantra também possui um componente fortemente poético que contribui para tornar as pessoas mais sensíveis e aumenta o senso de respeito e de amor entre homem e mulher. Nesse sentido, um dos seus conceitos mais encantadores ensina que, para o homem, a mulher é a manifestação vivente da própria divindade e, como tal, ela deve ser reverenciada e amada. A recíproca é verdadeira, pois a mulher desenvolve um sentimento equivalente em relação ao homem.
Extraído do livro Tantra, a sexualidade sacralizada, do Mestre DeRose

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